Uma das tarefas mais difíceis para mim está sendo a batalha diária para me manter focado e motivado com meu livro. Então, nada melhor que criar um post sobre o assunto.

Manter-se focado requer muita dedicação. Não é fácil apostar num projeto incerto e difícil e permanecer motivado o tempo todo. A autoconfiança e o otimismo, na minha avaliação, correm paralelos ao êxito. Tem horas que você está bem e tudo flui as mil maravilhas. Mas, nas muitas vezes, você está cansado, atribulado com o trabalho, doente, tem compromissos familiares, se depara com o medo do fracasso… tantos atrativos e justificativas para desviar sua atenção e tirá-lo do objetivo final…  Pois é muito mais fácil justificar a não tentativa pela dificuldade a realmente arriscar.

Nas correções, quando começo a ler as primeiras versões de cada capítulo, vejo o quanto ainda falta para ficar bom. Nesse ponto, me deparo com meu inconsciente que busca o perfeccionismo, tentando dizer que meu trabalho está ruim e nunca será aprovado por uma editora. Veja que isso, para mim, é algo involuntário, pois tenho convicção que toda primeira versão de livro (antes das correções) ainda é uma pedra bruta à espera de lapidação. Então, tento ao máximo buscar esse otimismo e autoconfiança para não deixar-me abater e não desistir no meio do caminho.

Por conseguinte, eu corrijo a segunda vez e vejo que a melhora foi substancial, porém que ainda há muito a melhorar. Nessa etapa a autoconfiança começa a voltar com toda sua força.

Por fim corrijo a terceira vez. Nossa que alívio! Vem aquela sensação boa de que fiz o melhor que pude e satisfação ao concluir que o capitulo ficou bom.  Contudo, como falei, isso aconteceu apenas em um capítulo. O ciclo não para e tudo se repete no capítulo seguinte.

Descrevi essa minha rotina para concluir que brigar com esses sentimentos é um trabalho árduo, pois há muitas situações na nossa rotina que nos induzem a deixarmos nossos projetos e sonhos de lado. Seja uma televisão ligada, uma cerveja, uma preguiça ou mesmo o medo… Claro que o lazer não pode ser abandonado nunca, pois é fundamental fazermos as coisas na vida com prazer, senão se torna trabalho apenas por trabalho e aquilo que deveria ser uma paixão se torna uma obrigação. O que busco então, é organizar meus dias entre lazer, emprego, compromissos e conciliar com minhas metas diárias de escrita.

Outrora li em um blog uma dica que falava que escrever é colocar a bunda na cadeira, esgarçar as mangas e jogar as palavras no papel. Concordo plenamente! Então, para conciliar tantos afazeres,  eu estabeleci, faça chuva ou faça sol, uma meta mínima de terminar ou corrigir 3 páginas por dia, de domingo a quinta.

Uma dica que dou a quem está começando a escrever um livro seria: Divida seu trabalho em metas diárias de escritas e por capítulo; tenha o projeto do seu livro bem estabelecido; e, então, divida sua meta distante e audaciosa em várias metas pequenas. (As pessoas tendem a se desmotivar quando se deparam com uma meta muito distante. Porém, ao ver seu objetivo começar a ser concluído, degrau por degrau, dias após a meta ter sido estabelecida, cada dia se torne uma batalha vencida a ser contemplada. Isso dá uma força interna que nos conduz e nos fortalece).

Por fim, crie uma rotina de escrita; estabeleça horários e crie essas metas. Depois que começares a respeitar essa organização, essa metodologia incorporará a sua essência diária e quando menos perceberes teu livro estará terminado.

Acredito que isso vale para tudo em nossa vida. Seja qual for o projeto que estamos envolvidos. Trace metas e comece a fazer AGORA. Senão o amanhã poderá se tornar uma eternidade!

Claro que isso é apenas para escrever. Um passo em meio a tantos para ter seu livro publicado. Depois de escrito vem à batalha até ser aceito por um editora. Por isso é importante olhar adiante, mas sentar e fazer agora.

O que vocês acharam dessa minha metodologia?